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     A intolerância à lactose e a alergia a proteína do leite são frequentemente confundidas, pois em ambos os casos, há problemas na ingestão de leite.  Contudo, elas são diferentes entre si e necessitam de acompanhamento médico e nutricional.  

     A Intolerância à lactose ocorre porque o organismo não produz ou produz em quantidade insuficiente, a enzima digestiva chamada lactase, que quebra e decompõe a lactose (o açúcar presente no leite). Assim, a lactose não digerida se acumula no intestino e é fermentada por bactérias intestinais promovendo retenção de água, diarréia, gases, cólicas e distensão abdominal. A intolerância a lactose pode ser de origem genética ou surgir em outras situações, como após quimioterapia, radioterapia, doenças gastrintestinais, entre outras.

     Já a alergia à proteína do leite ocorre porque o sistema imunológico identifica a proteína do leite como um corpo estranho (um agressor) e desencadeia sintomas como: diarréia, gases, cólicas, distensão abdominal, lesões na pele, dificuldade de respirar, pequeno sangramento intestinal, entre outros.

           E como tratar?

     A intolerância à lactose não é uma doença. É uma carência do organismo que pode ser controlada com dieta e medicamentos. No início, a proposta é suspender a ingestão de leite e derivados da dieta a fim de promover o alívio dos sintomas. Depois, esses alimentos devem ser reintroduzidos aos poucos até identificar a quantidade máxima que o organismo suporta sem manifestar sintomas adversos. Essa conduta terapêutica tem como objetivo manter a oferta de cálcio na alimentação, nutriente que, junto com a vitamina D, é indispensável para a formação de massa óssea saudável. Suplementos com lactase e leites com baixo teor de lactose são úteis para manter o aporte de cálcio, quando a quantidade de leite ingerido for insuficiente. Já na alergia a proteína do leite, a ingestão de laticínios deve ser evitada para que não ocorra o desencadeamento do processo alérgico.